22 de nov. de 2009

ESCURINHO E ALCINDO X DIABETES - UMA EXCESSÃO PELA SOLIDARIEDADE
















O ex-jogador do Inter Escurinho que enfrenta problemas de insuficiência renal e diabetes o que provocou a perda da perna, do joelho para baixo, já realiza exercícios de adaptação para uso de uma prótese na perna. Há dois meses, ele faz tratamento para recuperar a mobilidade da perna e recebe reforço muscular. Já trabalhou em barras paralelas e hoje utiliza um andador em duas sessões semanais na Ortopédica Catarinense, no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre. A clínica franqueou o tratamento ao ex-atleta. — São os dias mais felizes dos últimos tempos — diz Escurinho. Há três meses, Alcindo soube do sofrimento de Escurinho através de um amigo. O glaucoma avançado já o impedia de enxergar com o olho esquerdo e o obrigava a se submeter a quatro intermináveis sessões de diálise por dia. Sem falar na fila do SUS à espera do transplante de rim e dos exames para verificar a compatibilidade de alguns familiares, aí no caso de uma eventual doação em vida. Mas ele, Alcindo, ainda tinha um olho inteiro intacto. Escurinho lutava contra a cegueira total. Assim, não tardou para ele e a mulher, Rosângela, irem até Guaíba a fim de trazer Escurinho para uma consulta com o seu oftalmologista, em Porto Alegre. — Ele (Escurinho) fez o tratamento, mas não teve mais jeito. Depois, soube pelo jornal que ele havia amputado parte da perna. Fiquei triste. Sempre ouvi referências sobre a sua bondade. O "Escuro" é uma pessoa tão boa, mas tão boa, que até os gremistas gostam dele. Eu não: os colorados me odeiam — testemunha o Bugre Xucro, titular da Seleção Brasileira na Copa de 1966, na Inglaterra. Engano seu, Alcindo. Desportistas de todos os matizes, colorados ou gremistas, jamais esquecerão de um centroavante que honrou as melhores tradições gaúchas com a camisa da Seleção Brasileira e, depois, ao lado de Pelé no Santos. E que, ao estender a mão a Escurinho, honrado adversário de tantos Gre-Nais, marcou um golaço de solidariedade. Fonte: Diogo Olivier – Zero Hora

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